segunda-feira, 28 de abril de 2008

Encontro dos Tabligh

Encontro dos Tabligh termina pacificamente
Lisboa, 27 Abr (Lusa)
O encontro internacional do Tabligh Jamaat na mesquita Central de Lisboa, no qual participaram mais de mil muçulmanos, terminou hoje sem registo de quaisquer incidentes, informou Esmael Loonat, responsável em Portugal deste movimento religioso muçulmano. Em declarações à Lusa, Esmael Loonat declarou que o encontro, que juntou mais de mil muçulmanos oriundos de diversas zonas de Portugal, foi "uma reflexão de aproximação ao criador". O encontro que era aberto a qualquer muçulmano, começou na sexta-feira e terminou hoje, tendo contado com a participação de responsáveis desta "missionação religiosa" do Bangladesh, Índia e Paquistão, referiu ainda Esmael Loonat. Referindo-se à "suspeita" do Tabligh estar ligado a alegadas actividades terroristas, Esmael Loonat considerou que esta só existe em alguma imprensa portuguesa e reiterou que mantém contactos constantes com as autoridades portuguesas. Esmael Loonat afirmou que o encontro, que não foi o primeiro no país, decorreu pacificamente, defendendo que os "muçulmanos que residem em Portugal estão completamente integrados na sociedade portuguesa". Segundo Esmael Loonat, o objectivo do Tabligh Jamaat é "tentar desenvolver o vínculo de aproximação dos muçulmanos ao criador para que este se torne contínuo e constante através dos valores da fé, oração, caridade, jejum e a peregrinação a Meca". "Paralelamente, os muçulmanos devem ter uma vida condigna num âmbito profissional, social e pessoal", acrescentou. Segundo a última edição do jornal Expresso, a Polícia Judiciária (PJ) e o SIS (Serviço de Informação e Segurança) estiveram este fim-de-semana em alerta antiterrorista devido a este encontro internacional. O Expresso referiu que o coordenador do gabinete de segurança, Leonel de Carvalho, afirmou que o encontro seria acompanhado como "medida preventiva". O movimento Tabligh Davah (que significa grupo que propaga a fé) foi fundado em 1920 na província de Mewat, na Índia, por Maulana Muhammad. Os tablighis são uma espécie de missionários que divulgam os princípios da fé aos muçulmanos. Em Portugal, o movimento está presente desde 1979, disse Esmael Loonat. . Cerca de 95 por cento dos membros da comunidade muçulmana residente actualmente em Portugal chegaram nos anos 70 ao país oriundos de Moçambique e da Guiné-Bissau, explicou uma fonte da comunidade. Esmael Loonat adiantou ainda que o Tabligh tem como objectivo relembrar a prática do Islão e que reuniões entre os membros desta comunidade "são comuns, tanto na Europa como em Portugal".
MC. Lusa/Fim

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Encontros de Abril_2008

A comunidade muçulmana entre os dias 25 e 27 de Abril de 2008, reune-se na Mesquita Central de Lisboa, num processo de fé e de equilíbrio harmonioso, em completa confiança na crença das tradições do profeta "Sunat al-Nabi".

terça-feira, 22 de abril de 2008

Estudo Académico das Religiões

No Ano Europeu do Diálogo Intercultural, Mário Soares, Presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, presidiu ao painel “Estudo Académico das Religiões”, debate sobre o estudo das religiões em Portugal, no Instituto de Ciências Sociais (Colóquio inaugural da Associação Portuguesa para o Estudo das Religiões, dias 4 e 5 de Abril de 2008), tendo como base: Qual a importância da religião para a autodeterminação de uma sociedade? Como têm evoluído as práticas religiosas no Cristianismo? Qual o papel da religião na educação e na cultura? Como convivem as confissões minoritárias com as doutrinas dominantes?
O encontro reuniu mais de 30 investigadores nacionais e estrangeiros, alguns membros da European Association for the Study of Religion, International Association for the History of Religions e da Sociedad Española de Ciências de las Religiones, que apresentaram as suas pesquisas e estudos científicos mais recentes sobre fenómenos religiosos, contribuindo desta forma para uma melhor compreensão da história da religião em Portugal e em todo o mundo lusófono.
Enquanto membro oficial da European Association for the Study of Religion, a Associação Portuguesa para o Estudo das Religiões (APERLG) foi constituída em Setembro de 2007 e tem como objectivos desenvolver e fomentar a produção e difusão de conhecimento científico sobre as religiões, expandir o intercâmbio entre instituições universitárias de investigação na área, promover o estudo das religiões no Ensino Superior Português e afiliar-se em instâncias internacionais que desenvolvem projectos de investigação nesta área. Este colóquio marcou o início das actividades da APERLG, que prevê a realização de vários encontros e debates científicos ao longo dos próximos meses, tendo em conta a crescente diversidade de orientações religiosas na sociedade portuguesa contemporânea e em todo o espaço lusófono, a evolução das práticas religiosas como a peregrinação e a forte influência da religião na educação e na cultura.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Integração - O Islão reflectido nos médios

O artigo publicado, post'o pela comunicação social:
Na informação que é prestada sobre o Islão está, demasiadas vezes, em primeiro plano a notícia em que o escândalo domina. A realidade vivida fica, pelo contrário, na maior parte das vezes, em segundo plano, assim o considerou o Ministro Federal do Interior, Wolfgang Schäuble. Em conversa com representantes dos meios de comunicação social, Schäuble exigiu mais diferenciação.

Na actual forma de dar notícias verifica-se uma atenção dos media no tema „violência”. Tal poderá ser um motivo pelo qual as reservas na sociedade alemã face ao Islão aumentaram nos últimos anos. O islamismo fanático e o terrorismo, atribuídos ao Islão, constituem, sem dúvida, uma ameaça real, disse Schäuble. No entanto, é demasiado pouco notado que a grande maioria dos muçulmanos tem uma atitude constitutiva e é pacífica.

Por outro lado, cada vez mais pessoas na Alemanha, provenientes de países muçulmanos, sentem-se excluídas e recusadas, afirmou ainda o Ministro, acrescentando que, para a política de integração, este fosso, cada vez maior, é um grande problema.

Integração como área central da política

Neste sentido, o Governo Federal, tem promovido, nos últimos anos, numerosas iniciativas com vista à integração. É o caso da Cimeira Nacional sobre Integração, realizada em 2006. Na sua segunda edição, em Julho de 2007, a Chanceler Federal Angela Merkel apresentou o Plano Nacional para a Integração, elaborado no âmbito de uma iniciativa conjunta.

Paralelamente, o Ministro do Interior criou a Conferência alemã sobre o Islão, cujo objectivo é manter um diálogo duradouro entre os representantes do Estado e as pessoas de fé islâmica.

Ilustrar a realidade da vida islâmica de forma diferenciada

Na Conferência sobre o Islão, há um grupo de trabalho que se ocupa da imagem do Islão nos meios de comunicação social na Alemanha, afirmou o Ministro Schäuble, tendo acrescentado que, naturalmente, não é tarefa desse grupo de trabalho prescrever aos media uma determinada forma de dar informação. O Ministro disse ainda que do que se trata é de promover uma informação responsável, livre de preconceitos e diferenciada, que terá de elaborar melhor os temas quotidianos da vida islâmica.

Um tema de que se ocupa o grupo de trabalho é, no entanto, também a informação prestada pelos media muçulmanos sobre a Alemanha. Também essa dá ensejo a críticas, segundo o Ministro do Interior. Exemplo actual: a informação de alguns meios de comunicação social turcos sobre a catástrofe do incêndio em Ludwigshafen. As presunções prematuras sobre um ataque xenófobo não foram grande ajuda, disse Schäuble. Uma informação adequada impõe uma maior contenção e nenhum julgamento à priori.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Museu Virtual Islâmico

Um Museu é uma "instituição permanente sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e aberto ao público, que adquire, conserva, pesquisa e exibe para finalidades do estudo, da educação e da apreciação, evidência material dos povos e seu ambiente", segundo a definição dada pelo Conselho Internacional de Museus, o ICOM, na Assembléia Geral de Copenhagen, em 1972. O Museu virtual "à descoberta da arte islâmica", apresenta uma colecção composta por objectos museológicos, monumentos e sítios arqueológicos, da iniciativa da Organização Não Governamental (ONG) Museu sem Fronteiras e coordenado pelo Campo Arqueológico e Museu Islâmico de Mértola.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

40 anos da Comunidade Islâmica

A Comunidade Islâmica de Lisboa comemora 40 anos, criada em 1968 por um grupo de estudantes de Moçambique, como associação religiosa e cultural, aberta a todos os muçulmanos residentes em Portugal, conforme consta no Diário do Governo, n.º 83, III Série, de 6 de Abril de 1968. A Comunidade cresceu exponencialmente, do número reduzido de membros fundadores, a partir do 25 de Abril de 1974, pela ocorrência do golpe de estado em Portugal e instauração da liberdade e da igualdade de direitos, maioritariamente por muçulmanos provenientes das ex-colónias, nomeadamente Moçambique e Guiné-Bissau, bem como algumas pessoas oriundas do Norte de África (Marrocos e Argélia), Paquistão, Bangladesh e membros das diversas embaixadas de países Árabes acreditados em Portugal, e que se serviam para as orações, essencialmente de habitações de famílias muçulmanas e de espaços diplomáticos, comerciais e de lazer, cedidos gratuitamente ou arrendados provisoriamente. A mensagem dirigida a nação em 27 de Julho de 1974, por António de Spínola, Presidente da República Portuguesa, era clara "Se há hora grande na vida e na história de um povo essa é, sem dúvida, a do seu reencontro com a vocação, a fisionomia e a forma de ser e de estar no mundo que lhe são próprios. Portugal vive hoje essa hora grande e é com a mais viva emoção que dirijo ao povo português de aquém e além-mar, na mais perfeita coerência com a nossa tradição histórica e com o ideário que nos preside e nela se inspirou a declaração formal de haver chegado o momento de reconhecer às populações dos nossos territórios ultramarinos o direito de tomarem em suas mãos o próprio destino".
Em 1977, por deliberação Camarária de 26 de Setembro, presidida pelo Eng.º Aquilino Ribeiro Machado, foi aprovada a proposta de cedência, à Comunidade Islâmica de Lisboa, uma parcela de terreno para a construção de uma mesquita e instalações culturais complementares. Em 1979, funcionava um Local de Culto Islâmico, em instalações provisórias, o rés-do-chão do prédio n.º 15 da travessa do Abarracamento de Peniche (ao Príncipe Real), graças ao gesto do Prof. Carlos da Mota Pinto, Primeiro-Ministro de Portugal, com base no despacho, de 11 de Junho de 1979, publicado no Diário da República (II Série, n.º 154), que considerava "ser razoável proporcionar a concretização efectiva da liberdade de culto e assegurar um tratamento equitativo das religiões professadas pelos portugueses, como meio adequado ao pleno desenvolvimento das suas personalidades". No dia 17 de Novembro de 1979 foi lançada a primeira pedra para a construção da Mesquita de Lisboa. No dia 29 de Março de 1985 (27 de Rajab de 1405), após um esforço contínuo e apoio de alguns países Islâmicos (Arábia Saudita, Kuweit, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Jordánia, Egipto, Irão, Sultanato de Omã, Paquistão e Libano) e de muitos muçulmanos e não muçulmanos, donde se destacam os apoios dos Presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, Eng.º Aquilino Ribeiro Machado e Eng.º Kruz Abecassis, à Mesquita de Lisboa foi inaugurada na presença de altas personalidades nacionais e do Centro Islâmico de Portugal (Instituição criada em 1978, por todos os Chefes das Missões Diplomáticas dos Países Islâmicos acreditados em Portugal, com o objectivo único de conseguir apoios junto dos respectivos Governos para a construção da primeira Mesquita em Portugal, depois de sete Séculos). Devido a atrasos na construção da Mesquita Central, e para que se saiba, a primeira Mesquita a ser inaugurada, foi a Mesquita do Laranjeiro (Comunidade Islâmica do Sul do Tejo) em 1982, seguida, um ano depois, pela pequena e bela Mesquita Aicha Siddika, em Odivelas, ao que se seguiram outras inaugurações, Mesquitas provisórias e Locais de Culto. Em 1992, três talhos islâmicos no distrito da Grande Lisboa começaram a oferecer carne Halal (carne abatida segundo os procedimentos da Religião Islâmica) localizados em Alvalade, Odivelas e Laranjeiro. Por ter havido dificuldades financeiras, obra não acabada, a partir de Fevereiro de 1986, começaram a fazer-se obras de acabamento e melhoramentos na grande Mesquita Central de Lisboa, englobando os sectores, religioso, cultural e social. A Câmara Municipal de Lisboa, presidida pelo Dr. João Soares, atribuiu o nome de Rua da Mesquita, à rua que passa em frente da Mesquita de Lisboa, no dia 22 de Junho de 2001 (1 de Rabi-ul-Thani de 1422), na presença de Sua Alteza Real o Príncipe Salman Ben Abdelaziz. "Esta atribuição evoca um período da história de Portugal e mais particularmente de Lisboa, bem como, o legado que a presença muçulmana deixou em Lisboa e igualmente o respeito e a tolerância entre todos os povos". Este dia fica marcado também, por coincidência, com a promulgação, pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, da Lei da Liberdade Religiosa - Lei 16/2001.
Um marco importante aconteceu com a assinatura do Ministro da Justiça, Governo do Primeiro-Ministro José Sócrates, em 14 de Setembro de 2006 de despachos de radicação de duas comunidades religiosas, a Comunidade Israelita de Lisboa e a Comunidade Islâmica de Lisboa. Este despacho de radicação consubstancia, de acordo com o estatuído no n.º 1 do art.º 37º da Lei da Liberdade Religiosa, o reconhecimento por parte do Estado Português de que determinada igreja ou comunidade religiosa possui presença social organizada no país há pelo menos 30 anos e que se encontra já inscrita no Registo. A qualidade de igreja ou comunidade religiosa radicada confere certos direitos. Assim, o Estado coopera com essas entidades, com vista à promoção dos direitos humanos, do desenvolvimento integral de cada pessoa e dos valores da paz, da liberdade, da solidariedade e da tolerância; representantes de igrejas e comunidades religiosas radicadas integram a Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas, que é a entidade que, de acordo com o a representatividade das várias confissões e com aplicação do princípio da tolerância, celebra os acordos de atribuição e distribuição do tempo de emissão nos serviços públicos de televisão e de radiodifusão; as igrejas e comunidade radicadas no país podem propor a celebração de acordos com o Estado sobre matérias de interesse comum.
Dada a perspectiva de melhoria de vida para muitas famílias, decorrentes de grandes obras (Expo'98 e Europeu'2004) e pela abertura mundial ao comércio da Índia e China, Portugal recebeu muitos muçulmanos que alavancaram os lugares de culto islâmico.

Curso de "Competências interculturais"

Vai realizar-se um curso de formação de "Competências interculturais", entre 5 a 12 de Julho de 2008, em Lultzhausen - Luxemburgo, cujos objectivos da Acção de Formação são: Desenvolver a capacidade de compreensão mútua por culturas, religiões, línguas e grupos étnicos diferentes; Promover competências interculturais e o diálogo intercultural; Proporcionar o estabelecimento de contactos entre trabalhadores na área da juventude e líderes juvenis de diferentes países; Partilhar e aprender com as diferentes experiências de trabalho; Actuar como “multiplicador” após a acção de formação; Promover a cooperação entre participantes para iniciar projectos no âmbito do programa Juventude em Acção.
Esta acção de formação permitirá aos participantes adquirir e desenvolver competências para trabalhar com jovens descendentes de imigrantes ou com diferentes culturas; Competências ao nível da gestão e implementação de projectos; Cooperação a longo termo entre organizações; Possibilidade de cooperação dentro do programa Juventude em Acção. A Metodologia a seguir será de carácter prático: grupos de trabalho; apresentações; espaços informativos; trocas de experiências, discussões, etc. Os participantes terão a oportunidade de apresentar a sua vida profissional e background cultural. O Perfil de participante, deverá ser dada prioridade a líderes juvenis ou trabalhadores na área da juventude com o seguinte perfil:Voluntários ou empregados em organizações envolvidas com jovens imigrantes, grupos multiculturais e/ou com etnias diversas; Motivados para desenvolver projectos com países Programa e Países parceiros; Capacidade para comunicar em Inglês. As Condições de participação: Os custos com a viagem internacional são suportados pela Agência Nacional Portuguesa; Os custos de alojamento e alimentação são suportados pela entidade organizadora; O seguro de saúde e as deslocações em território nacional serão da responsabilidade dos participantes seleccionados; A Agência Nacional portuguesa suporta os custos de deslocação de avião entre as regiões autónomas dos Açores e Madeira e o Continente.
Os interessados deverão preencher o formulário de candidatura, obrigatoriamente em inglês, e enviá-lo (datado e assinado), para a Agência Nacional do Programa Juventude em Acção, até dia 3 de Abril de 2008, em alternativa, via: fax +351 21 317 92 10 (A/c: Liliana Cruz); correio electrónico (para liliana.cruz@ipj.pt ); Mais informações: A Agencia Nacional portuguesa seleccionará um participante para a actividade, sendo a Agência Nacional luxemburguesa responsável pela aceitação ou não aceitação do mesmo; Os resultados do curso serão divulgados a todos os candidatos (por e-mail e/ou correio postal); Sobre a actividade – consultar anexos; Sobre o Programa Juventude em Acção http://ec.europa.eu/youth/index_en.htm Em caso de dúvida, contactar: Liliana Cruz; Telefone: 21 317 92 10